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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FORMANDAS 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

Nossa Bandeira




Em 1833 foi criada a primeira escola normalista no Brasil que na época era Império sendo instituição firmada por uma clientela feminina e expandida de forma elitista, pois estabelecia um status na profissão, mas dispensável quanto a qualidade da remuneração. Era o amor pela vocação do magistério. Neste período não havia uma lei nacional regendo o ensino normal. Cada instituição orientava-se perante normas de seus estados. Este período também foi marcado pela difusão dos ideais liberais que questionavam o império e defendiam o individualismo , a prosperidade, a igualdade e a expressão do ensino. Todo este movimento de difusão cultural, no entanto, concentrou-se somente na área quantitativa.
Os anos entre 1930 a 1960 marcaram o Brasil por mudanças econômicas, políticas e sociais. Estas mudanças foram resultantes pelo “crack” da bolsa de valores de NY nos EUA que desestabilizou a economia americana influenciando na economia mundial. O Brasil que mantinha sua economia baseada no café com leite começou a despertar-se para a industria. A mão de obra brasileira, porém não era qualificada para manuseio de máquinas. O Brasil necessita de escola para se desenvolver. Criou-se, portanto, a Lei Orgânica de Ensino (1942-460) onde o ensino profissionalizante na preparação dos professores passou-se a organizar-se por diretrizes e normas nacionais.
Educadores intelectuais iniciaram na década de 40 reivindicações pelo ensino normal gratuito e não só mantidos por ordens religiosas. Este movimento propagou-se por quase 30 anos. Acreditavam que se o ensino normal fosse público novas propostas pedagógicas poderiam ser desenvolvidas. O aluno não seria mais uma tabula rasa onde preriquisitos estanques seriam jogados sem favorecer a construção da aprendizagem. Muitas escolas foram construídas na Ditadura militar, mas em especial na década de 70 o governo atendeu os anseios da população criando escolas normais publicas.
O Brasil necessitava como nunca de professores. Os professores existentes aumentaram, por isso, sua carga horária de aula. A remuneração ainda não é a ideal. Devido a elevada jornada de trabalho a vocação de professor torna-se uma profissão desgastada, passiva as mudanças da degradação do ensino e a sua responsabilidade de ensinar, além de não ter mais o prestigio em lecionar.
A lei 5692/71 ainda não mudava significativamente o ensino. O ensino continuava a ser transmitido de forma superficial, não havendo nenhuma articulação do aluno com o processo de ensino e aprendizagem com a realidade, vivencias. A nova LDB sancionada em 1996 é inovadora, pois destaca pela primeira vez o papel da escola e a importância dos professores no processo ensino e aprendizagem como, por exemplo, o da elaboração do Plano Político Pedagógico, administrar os recursos humanos, materiais e financeiros assim como executar a proposta pedagógica, criando processos de integração dos alunos a sociedade, informar pais e responsáveis sobre o rendimento dos alunos. Nesta resolução da LDB o curso normal fica como formação mínima ara lecionar na educação infantil e nas séries finais do ensino fundamental. A pedagogia e o normal superior ficam estabelecidos como graduação em patamar elevado do magistério. Atualmente esta no senado a proposta 3971/08 que deseja alterar a 9394/96 em alguns de suas proposições. O curso normal caso a lei seja aprovada ficaria habilitado a lecionar somente a educação infantil. Os anos iniciais ficariam lecionados somente por pedagogos. A lei ainda não foi sancionada, mas os planos de carreira do magistério em diversos municípios estão sendo sugeridos modificações. O magistério que não concordam em sofrer estas modificações está manifestando sua opinião. Capacitar é necessário, mas abdicar o normal da identidade cultural brasileira é desvalorizar a caminhada que o magistério trilhou na educação. O Brasil não pode mais ter um campo de professores formados somente com o curso normal de três ou quatro ano de ensino normal médio ou dois normal pós médio em nível profissionalizante, no entanto, não valorizar a importância deste curso torna-se ilusório. Um profissional nunca esta preparado. O curso normal tem que ser o pré-requisito para se cursar uma graduação de licenciatura, mas especial à pedagogia. O curso normal instrui a pratica e a pedagogia constrói a reflexão perante a pratica. Estuda-se muito pouco para lecionar. Assim como o Brasil educou-se com o ensino do curso normal o normal ao longo de sua trajetória como formação profissional tem se educado com o Brasil em sua proposta de ensino. O curso normal propaga seu ensino onde lecionar é como fazer uma receita de bolo. O aluno poderá dar certo se houver os ingredientes necessários, mas se caso não der certo é resultado da qualidade do forno, isto, é educação. E a pedagogia é reinventar a receita constantemente. Educar é orientar-se por receitas, mas a reinventando e criando novos resultados cada vez mais saborosos.
Mudar é preciso. É necessário. O curso normal sempre foi refém da influência econômica, política, social, ideológica e cultural no Brasil, mas desvalorizar em quanto a sua habilitação atribuindo somente a pedagogia a graduação ampla de lecionar na formação de crianças é contraditório perante a sua pratica pedagógica. O aluno para concluir o curso normal tem que realizar um mínimo de 400 horas ministrando aulas enquanto a pedagogia somente 40 horas. Contraditório, além de ilusório. Onde se visa a prática? Desejo ao ensino uma educação completa, ampla, construída e valorizada ao longo de sua história sendo o normal e a pedagogia dois ensinos propostos de modo contextualizador na prática pedagógica onde ambos se complementem.

O uniforme do Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho localizado em Niterói no Rio de Janeiro, a tradicional saia de pregas com a meia e sapatilha ainda é utilizada.




O uniforme ideal para o dia da normalista